CPI irá ouvir presidente e ex-presidentes do Ipremm a partir do dia 16; ex-prefeitos também deverão ser intimados

por admin publicado 08/11/2017 16h43, última modificação 17/11/2017 12h35
Os quatro depoimentos deverão acontecer na sala Nasib Cury (Câmara de Marília) em dias diferentes

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o rombo financeiro no Instituto de Previdência Social de Marília (Ipremm) realizou nesta quarta-feira, 8, sua terceira reunião e definiu quem serão os primeiros intimados para as oitivas do caso.

O presidente da CPI, Mário Coraíni Júnior (PTB) disse que a atual presidente da autarquia e outros três ex-presidentes serão os primeiros a serem ouvidos. "Nesta reunião decidimos começar os trabalhos de oitivas, ouvindo os quatro últimos presidentes do instituto de previdência municipal, para que, a partir do que eles vierem a esclarecer, possamos encaminhar outras ".

Coraíni informou que a atual presidente do Ipremm, Mônica Regina da Silva e sua antecessora, Nadir Aparecida Martins, deverão ser ouvidas no dia 16 de novembro (quinta-feira), às 14 horas e 15h 30, respectivamente.

Mônica Silva assumiu a presidência do Ipremm em janeiro de 2017, enquanto que, Nadir Martins, assumiu como presidente interina em abril de 2013 e foi efetivada em maio do mesmo ano.

Já os ex-presidentes Nelson Rodrigues de Mello e Nilma de Oliveira Luiz, serão ouvidos no dia 22 de novembro (quarta-feira), também às 14h e 15h30.

Nelson Mello foi presidente do Instituto entre novembro de 2012 e abril de 2013. Antes dele, Nilma Luiz dirigiu o Ipremm até novembro de 2012.

Para o relator da CPI, o vereador José Luiz Queiroz, os documentos analisados pela comissão já trazem indícios de irregularidades, na gestão passada. "Recebemos da atual presidente, Mônica, todos os documentos requisitados. Também tínhamos recebido, no início desta CPI, a auditoria realizada pela prefeitura, em relação à gestão 2013- 2016. Com este documento, já é possível afirmar que houve má gestão, irresponsabilidade e incompetência, pois, constatamos que a ex-presidente do Ipremm, por meio de vários ofícios, informou a administração passada (Vinícius Camarinha) da situação da dívida. Mas a gente não tem, nesta auditoria, nenhuma resposta, nenhuma decisão do ex-prefeito. Agora, para que possamos fazer uma análise mais criteriosa, cautelosa e responsável, a gente precisa analisar toda a documentação, as Atas, as leis, os parcelamentos e os relatórios de despesa. Vamos precisar de uma análise global para fazermos um relatório consistente e responsável", afirmou José Luiz.

Sobre as oitivas, o membro da CPI, o vereador Maurício Roberto, informou que em caso de falta injustificada, o depoente poderá ser conduzido coercitivamente e que ex-prefeitos também poderão ser intimados. "A partir desta quinta-feira (9), a presidente e os três ex-presidentes deverão ser intimados. A partir do que for dito, poderemos sim, ouvir outras pessoas e não diferente, os ex-prefeitos estão nessa linha. Posso dizer que, a partir das nossas análises e conversas que tivemos, é quase certo que alguns (ex-prefeitos) serão intimados. Qualquer intimado pode se ausentar, caso tenha uma justificativa. Mas se ele simplesmente não comparecer e não se justificar, a CPI aciona a justiça e ele pode ser conduzido coercitivamente", explicou Maurício Roberto.