Marília perde a professora Edith Salgado

Considerada uma das maiores defensoras da melhoria na qualidade do ensino público e também dos direitos humanos, faleceu nesta quinta-feira (9), em São Paulo, a professora e ex-vereadora Edith Sandes Salgado, aos 77 anos. O corpo dela chegou durante a madrugada em Marília e está sendo velado na Câmara Municipal (sala Nasib Cury), onde receberá as últimas homenagens. O sepultado está confirmado para às 14h00 desta sexta-feira (10), no cemitério da Saudade. O presidente do Legislativo, Eduardo Nascimento, lamentou a perda da professora Edith, destacando o incansável trabalho dela pelo respeito aos direitos trabalhistas dos professores, “em especial um salário digno e à altura de tão nobre e importante função”, afirmou.

A professora Edith Sandes Salgado nasceu em 17 de setembro de 1933, em Campo Grande (MS), e logo se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Mais velha de sete filhos, deixou os estudos aos 12 anos para poder trabalhar e ajudar a família. Só retomou os estudos aos 30 anos, e com 38 concluiu o curso superior. Sempre foi uma batalhadora, fez da educação a sua causa. Ela fixou residência em Marília há quase 50 anos. Casada, mãe de quatro filhos (Paulo, Antonio, Marco e Edlizabeth Sandes), em junho de 2009 recebeu o título de “Cidadã Mariliense”, outorgada pela Câmara Municipal.

Em 1.978 militou na Apeoesp, levantando a bandeira de um estudo público, gratuito e de qualidade. Vibrante e determinada, sempre atuou na defesa das justas causas do professorado oficial do Estado de São Paulo. Em outubro de 2000 foi eleita vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT), na legislatura 2001/2004, com 680 votos.

Em junho de 2009, quando da entrega do título de Cidadã Maríliense – conforme projeto apresentado pelo vereador Sydney Gobetti de Souza – a professora Edith Salgado agradeceu emocionada aos Vereadores e ex-Vereadores pela homenagem, inclusive pelas lições aprendidas; aos seus amigos, colegas da Apeoesp, professores e alunos.

“Quando vejo um ex-aluno meu na rua, meu coração se enche de alegria”, disse Edith. “Jamais os esquecerei, deste convívio, deste atendimento aos alunos, das nossas amizades e da nossa luta pela Educação”.