“É inadmissível Marília não ter um bom parque público”, destaca o vereador José Luiz Queiroz
Marília irá completar 91 anos no dia 4 de abril e, embora tenha crescido e se desenvolvido, houve pouca evolução em relação aos espaços públicos de lazer e na preservação do meio ambiente. Essa é uma das reclamações mais ouvidas pelo vereador Zé Luiz Queiroz (PSDB). Segundo o edil, a população se queixa desde a falta de árvores na cidade até a ausência de espaços públicos para a recreação.
Embora Marília conte com o Bosque Municipal na zona leste, o Parque do Povo na zona sul, pistas de cooper, poliesportivos e praças em várias regiões, praticamente todos estes equipamentos públicos estão em péssimo estado de conservação. O problema, segundo Zé Luiz, é que a inexistência das áreas verdes urbanas de lazer demonstra a fragilidade do planejamento urbano e das políticas públicas na área.
Pesquisa divulgada pela Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde em 2014 aponta que o crescimento da população urbana obriga o poder público a gastar muitos recursos para dotar as cidades com uma infraestrutura capaz de atender os anseios da população, deixando a qualidade ambiental em segundo plano. Porém, o estudo demonstra que a melhora da qualidade ambiental do espaço urbano traz benefícios tanto para a saúde quanto para o bem-estar da população.
“Os espaços urbanos impactam diretamente a saúde da população. Uma série de estudos demonstra que a vida em ambientes mais naturais influencia positivamente na melhora da qualidade de vida da população porque o contato com a natureza incentiva a prática de atividades físicas e diminui o stress”, falou o vereador.
A expectativa, de acordo com Zé Luiz, é que este cenário mude em breve. Recentemente, a Prefeitura de Marília encaminhou para a Câmara um Projeto de Lei para autorização de convênio com a Rumo Logística para implantação de um Parque Linear com ciclovia ao lado da ferrovia no centro da cidade. A ideia é aproveitar as sugestões enviadas pela Associação Ambientalista Origem.
Para arcar com os custos, o vereador espera que a Prefeitura cumpra a promessa de utilizar R$ 7 milhões, de um total de R$ 23 milhões contraídos via empréstimo na Caixa Econômica Federal. À época da autorização do crédito, o Poder Executivo justificou que a verba seria utilizada para a “construção de parques e praças”, porém não especificou datas e locais onde seriam implantados.
Diante da falta de informações, Zé Luiz Queiroz solicitou informações à Prefeitura quanto à utilização do dinheiro e perguntou se a quantia contempla a construção do Parque Cascata, prometido pela municipalidade desde 2017. Aprovado em sessão camarária realizada no dia 27 de fevereiro, o requerimento deve ser respondido até o final do mês de março.
“Enquanto a possível implantação de parques na cidade passa por processos legais e burocráticos, estou cobrando também a revisão do Plano Diretor de Marília, pois o prazo já venceu há muito tempo. É por meio deste de Plano que os anseios da população são ouvidos e planejados de forma que a concretização se torne viável. Está na hora de Marília finalmente evoluir nessa área”, afirmou Zé Luiz Queiroz.