Cientista de Marília que trabalha em pesquisa da Nasa visita presidente Damasceno e traz projetos

por Ramon publicado 05/07/2018 16h35, última modificação 05/07/2018 16h35
Dr. Ivan Gláucio é o presidente do Grama, Grupo Regional de Astronomia de Marília, e narra o meteorito que caiu em Marília em 1971
Cientista de Marília que trabalha em pesquisa da Nasa visita presidente Damasceno e traz projetos

No encontro com o presidente Damasceno e os vereadores Maurício Roberto e José Luiz Queiroz, o pesquisador da Nasa mostrou pequenos fragmentos do meteorito Marília

O presidente da Câmara Municipal de Marília, Delegado Wilson Damasceno (PSDB), e os vereadores José Luiz Queiroz (PSDB) e Maurício Roberto (PP), receberam nesta semana a visita do cientista Dr. Ivan Gláucio Paulino Lima, pesquisador de Marília que trabalha para a agência espacial norte-americana Nasa. Responsável pela ida do homem à lua e da corrida para a conquista do espaço, a Nasa possui entre seus quadros de pesquisadores pouquíssimos brasileiros. “E para orgulho de nossa Marília, de nosso Brasil, um destes brasileiros é mariliense e nos dá este privilégio, sempre que possível, de estar conosco para compartilhar seus ensinamentos e projetos”, mencionou o presidente do Poder Legislativo, Damasceno.

O mariliense da Nasa preside o Grupo Regional de Astronomia de Marília, o Grama, e, ao se encontrar com os vereadores e o presidente do Legislativo na sala da presidência da Câmara, apresentou dois significativos projetos. O primeiro consiste no resgate de uma história pouco conhecida em Marília, mas que colocou o município na órbita dos notáveis fenômenos mundiais no campo da ciência espacial. “No dia 5 de outubro de 1971, às cinco da tarde”, contou o cientista, “os moradores da região da rua São Carlos viram uma bola de fogo no céu e, logo em seguida, o impacto de um meteorito na superfície”. De acordo com o pesquisador da Nasa, na época o caso chamou muito a atenção da comunidade chegando até ser relatado por duas reportagens da imprensa local. Fragmentos deste meteorito foram coletados por um professor, que atualmente mora na Bahia, mas na época lecionava em Marília. Outros pedaços estão expostos na USP (Universidade de São Paulo), nos Estados Unidos e na Inglaterra, num museu localizado na capital Londres. A massa deste corpo celeste, conforme o pesquisador, pesa mais de dois quilos. “Acreditamos que mais fragmentos possam ser localizados com pessoas que coletaram na época”, disse.

No encontro com o presidente Damasceno e os vereadores Maurício Roberto e José Luiz Queiroz, o pesquisador da Nasa mostrou pequenos fragmentos do meteorito Marília. “A proposta é instalarmos totens nos pontos de dispersão da queda do meteorito, justamente para reproduzirmos este fato entre a população de Marília, população regional e comunidade científica”, disse. O outro projeto apresentado se refere a instalação de uma maquete permanente reproduzindo em escala menor o sistema solar, com proporções na distância entre um planeta e outro. Ambas propostas receberam o apoio da Câmara. “Marília é a Capital do Alimento, polo educacional e das descobertas paleontológicas. E, agora, o meteorito que caiu na cidade. Confesso que não conhecia, assim como a maioria das pessoas não conhece, e entendo ser importante trabalharmos para despertar o interesse pelo estudo e conhecimento”, comentou Maurício Roberto.