Delegação de Guiné-Bissau visita Poder Legislativo e é recebida na presidência

por Ramon publicado 11/09/2019 15h10, última modificação 11/09/2019 15h10
Vereadora Professora Daniela (PL) e vereador Maurício Roberto (PP) dialogaram com representantes do país africano na manhã desta 4ª-feira
Delegação de Guiné-Bissau visita Poder Legislativo e é recebida na presidência

Comitiva do país africano Guiné-Bissau durante visita à Câmara

O vereador Maurício Roberto (PP) e a vereadora Professora Daniela (PL) receberam na manhã desta quarta-feira, dia 11 de setembro, delegação formada por representantes de Guiné-Bissau. País africano localizado na África Ocidental, a nação, uma república parlamentarista, tem o português como idioma oficial, assim como o Brasil, Portugal e outras comunidades africanas, como Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. A presidência foi representada pelo chefe de gabinete Sandro Espadoto. A delegação estava acompanhada pelo assessor de relações internacionais do campus da Universidade de Marília (Unimar), Juan Orellana.

A comitiva era formada pelo cônsul honorário de Guiné-Bissau no Brasil, Luís Fernando Del Valle, chefe de gabinete do consulado honorário Júlio António Aponto Té [que cursou pós-graduação em Marília] e presidente da Rede Nacional das Associações (Renaj) de Guiné, Seco Duarte Nhaga.

A Rede Nacional concentra 70 entidades estudantis do país africano e, neste primeiro momento, a comunidade guineense busca parceria com Marília para construir convênios educacionais. “Mas esta sinergia pode ser ampliada para as relações culturais, comerciais e no campo da agropecuária”, salientou o cônsul Del Valle. A delegação expressou claramente as ótimas impressões proporcionadas por Marília. “Cidade desenvolvida, estruturada e muito bem organizada”, expressou o cônsul.

Na visão de Seco Nhaga, Marília, através de suas empresas, universidades e instituições públicas, podem proporcionar apoio significativo para Guiné. “Buscamos novas competências, novas tecnologias, inclusive para impulsionar a produção rural de Guiné-Bissau, atualmente muito rudimentar”, explicou. A base da produção agrícola do país africano é o caju, cuja castanha é exportada para Índia e China. A produção de frutas, especificamente manga, também é significativa. “Contudo”, observou Nhaga, “buscamos novas culturas, como o amendoim e a soja”, frisou.

O vereador Maurício Roberto (PP), que trabalha pela internacionalização de Marília, observou que a cidade avança na ampliação das relações internacionais, construindo canais com países da África que possuem laços culturais com o Brasil, como Guiné-Bissau. “Quando da independência da Guiné, em 1973, nosso Brasil foi a primeira nação a reconhecer esta condição do país que até então era uma colônia portuguesa na África”, citou. A professora Daniela, que é educadora da rede municipal de ensino, ressaltou que a experiência educacional de Marília tem potencial para render elevados frutos nos países de língua portuguesa, como Guiné. “Ficamos felizes por receber a comitiva guineense nesta quarta”, comentou.

República semipresidencialista, Guiné-Bissau possui 1,8 milhão de habitantes. Atualmente a nação é presidida por José Mário Vaz e tem como primeiro-ministro o líder Aristides Gomes. Não há o cargo de prefeito, e os municípios são governadas por administradores indicados pelos governadores regionais. A função equivalente de vereador no Brasil é desenvolvida por conselheiros. Estes formam comitês municipais. Lideranças dos comitês disputam eleições proporcionais para composição do parlamento guineense. A capital é Bissau e possui 380 mil habitantes.