Membro honorário dos Registros Históricos, João de Almeida morre aos 93 anos de idade

por Ramon publicado 01/07/2019 20h20, última modificação 01/07/2019 20h20
De personalidade carismática, era muito popular e querido pela cidade de Marília. Ex-jogador profissional de futebol deixa uma legião de amigos
Membro honorário dos Registros Históricos, João de Almeida morre aos 93 anos de idade

João de Almeida era membro honorário dos Registros Históricos

Marília se despediu no último final de semana do ex-jogador profissional de futebol e membro honorário da Comissão Organizadora dos Registros Históricos da Câmara e da Cidade de Marília João de Almeida. Tinha personalidade carismática e mantinha o bom humor, provocando risadas com suas brincadeiras. Extrovertido, deixa legião de amigos, muitos da época da várzea e da chácara ‘O Circo’, entidade que ele ajudou a fundar.

João de Almeida tinha 93 anos de idade e, conforme informações de seus familiares, faleceu no último sábado, dia 29 de junho, na Santa Casa de Misericórdia de Marília. Nascido em São Paulo, se mudou para Marília ainda nos anos de 1940, quando veio defender como goleiro as cores do São Bento, time de futebol que representava Marília nos torneios oficiais.

O membro honorário dos Registros Históricos atuava como goleiro profissional e, inicialmente, seu passe fora emprestado por apenas seis meses para o São Bento. Acabou permanecendo por quatro anos em Marília, fixando, por fim, residência e formando sua própria família.

Casou-se com Isaltina Toríbio, com quem teve os filhos Vitor, Solange e Denise. Teve destacada atuação como benfeitor em diversas entidades sociais e ações solidárias em prol de famílias menos favorecidas da cidade.

Como goleiro integrou as equipes profissionais do Santos – jogando ao lado do ‘rei’ Pelé – Portuguesa, Rio Preto e São Bento, em Marília. Descontraído, era sempre visto com um sorriso no rosto. Nos últimos anos, necessitava andar com a ajuda de uma bengala, que ele apelidara de ‘Toyota’. Até uma reprodução de uma placa de veículo ele havia colado na bengala. “Quer dar uma volta de Toyota?’, perguntava João Almeida para quem se aproximasse. Caso a pessoa concordava, ele lhe entregava a bengala. “Pode ir, fique à vontade, dê a volta que quiser”, dizia. Homenageado como patrono do ‘O Circo’, concedeu depoimento para a Comissão dos Registros Históricos narrando fatos de sua vida e contando trechos da histórica mariliense que testemunhou. O sepultamento dele aconteceu às 16 horas de domingo no cemitério Parque das Orquídeas.