Zé Luiz Queiroz defende retomada consciente e gradual da economia e autonomia para Marília
A quarentena no Estado de São Paulo para conter a expansão do coronavírus já passou de três meses e, neste tempo, Marília alternou entre restringir e flexibilizar as atividades comerciais e a prestação de serviços não essenciais. Enquanto o Município ainda briga na Justiça em defesa de sua autonomia para decidir as fases de enquadramento segundo estabelecido pelo Plano São Paulo, implantado pelo Governo do Estado de São Paulo, milhares de marilienses já perderam sua fonte de renda e o número de desempregados só cresce.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Economia, desde o início do ano até 15 de junho, Marília soma 4.711 pedidos de Seguro Desemprego, sendo que 2.567 trabalhadores solicitaram o benefício a partir de abril, período em que vigorava a quarentena. Ou seja, 54% dos pedidos foram feitos após as medidas restritivas.
Para o auditor fiscal do Trabalho e vereador Zé Luiz Queiroz (PSDB), o aumento do desemprego na cidade é um reflexo da crise econômica causada pela pandemia covid-19. “A pandemia, para além da questão principal de saúde pública, vem causando uma verdadeira devastação econômica na nossa cidade, em especial para pequenos comerciantes, trabalhadores celetistas, prestadores de serviços e donos de bares e restaurantes. Como uma vacina deve demorar pelo menos seis meses, é fundamental que o retorno da economia aconteça de forma gradual e responsável e, ainda, que a população siga as regras sanitárias básicas, como uso de máscara e higienização frequente das mãos", enfatizou Queiroz.
O auditor do Ministério da Economia defende que a cidade, devido a sua ampla estrutura em saúde, deve ter maior autonomia para decidir sobre a flexibilização do funcionamento do comércio e da prestação de serviços, segundo os parâmetros e índices apurados na cidade. “Não sabemos quando a pandemia será controlada, portanto não há prazos para a regularização desta situação no curto prazo. É impossível você parar um país, uma cidade como Marília por um período de dez meses ou um ano. A nossa vida, a nossa rotina e os nossos hábitos mudaram e esse agora é o 'novo normal'. Atividade econômica, distanciamento social e rígidas regras sanitárias deverão conviver para que nós possamos preservar vidas e manter o emprego e a renda do marilienses. O trabalho é um pilar fundamental para nós preservarmos um mínimo de dignidade humana as pessoas. Marília deve ter maior autonomia para enfrentar a pandemia”, afirmou Queiroz.
Segundo explicou Zé Luiz, a falta de prazos e previsões para a cura ou vacina contra o vírus reforça a consciência de que os cidadãos devem adotar as medidas preventivas de forma permanente. Desta forma a cidade poderia retomar suas atividades. “É importante reforçar a responsabilidade que cada pessoa tem no enfrentamento ao coronavírus. Adotar as medidas de saúde pública - uso de máscara, distanciamento e higienização das mãos - é a contribuição de cada mariliense para nós salvarmos vidas, preservarmos empregos e mantermos a situação controlada na nossa cidade. Somente com o esforço pessoal de cada cidadão conseguiremos vencer esse enorme desafio que se impôs a nossa vida”, finalizou o vereador.